sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Flibo inscreve para seleção de voluntários para atuar nas equipes de apoio da 5ª edição do evento


Voluntários da 4ª Flibo (AVIVAC e CASACO)
A partir do dia 03/11 estarão abertas as inscrições para seleção de alunos do ensino médio ou de graduação, interessados em atuar, como voluntários, nos trabalhos de apoio para a realização da 5ª edição da FLIBO (Feira Literária de Boqueirão), que acontece entre os dias 20 e 22 de novembro, promovida pela ABES e demais parceiros.

Ao todo, serão selecionadas 20 voluntários para atuarem nas áreas de apoio como cerimonial e recepção; produção (oficinas, minicursos e palestras); operação de data-shows e apoio na Flibinho, durante os três dias de evento.

As inscrições serão feitas na ABES (Rua da Independência) até o dia 10/11, no horário da manhã; é necessário levar uma foto (tamanho 3×4) para confecção de crachá.

O resultado da seleção será divulgado no dia 12 de novembro. Todos os participantes receberão certificado, constando carga horária e atividade desenvolvida.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

"A fundação do povoamento do boqueirão de Carnoió", será o tema da Palestra do Escritor e Historiador Vanderley de Brito, durante a 5ª Flibo



Vamos levar os ouvintes de volta ao século XVII, mais ou menos ao ano de 1663, quando o sertanista baiano Antônio de Oliveira Ledo conduzia seu gado, em companhia de parentes, amigos e de índios Cariri, em busca de terras devolutas com pastos para estabelecer curral e, por motivos que a História não registrou, ao chegar às nascentes do Pajeú se desviou do curso tradicional dos boiadeiros que levava ao Rio Grande, tomando o rumo leste, vencendo a Serra dos Cariris Velhos e descendo o Rio dos Sucurus chegou num rio largo (Rio Paraíba) que passou a lhe servir de itinerário. Algumas poucas léguas abaixo desta confluência o sertanista se deparou com um imenso e pitoresco boqueirão que se abria vasto numa serra para dar passagem ao Rio. Os índios mateiros da comitiva, ao verem o imponente pórtico natural abrindo passagem para o desconhecido, disseram admirados em sua língua: - có nio idió!, que literalmente quer dizer: abertura de fazer-se entrar, ou apenas “passagem”. 
Entusiasmado com o lugar, e percebendo o potencial da região para o criatório extensivo, o curraleiro resolveu fundar ali um curral na margem esquerda do Rio, ao sopé do boqueirão, e achou que Coniodió era um nome de boa sonoridade e apropriado para aquela paragem. Estava, portanto, fundada a primeira povoação nos sertões ermos da então Capitania da Parahyba, o arraial de Coniodió.
Ao longo desta narrativa, trataremos com minúcias da lingüística cariri, do topônimo carnoió, dos nativos que foram assentados arraial, da Missão de catequese ali fundada, da fundação da primitiva capela de N. S. do Desterro e da grande sesmaria do latifúndio dos Cariris Velhos, da família Oliveira Ledo, que teve o arraial do boqueirão como epicentro.
A proposta é levar os ouvintes numa viagem ao tempo, há mais de 300 anos no passado, para que estes possam conhecer e compartilhar as raízes mais profundas da história da atual cidade de Boqueirão, cujas ruínas jazem nas águas do Açude Epitácio Pessoa.

Dia 22/11/2014 | Sábado | 19h | Tenda da Praça da ABES

Vanderley de Brito é historiador, pós-graduado em História do Brasil, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e especialista emérito em pré-história da Paraíba, pela soma de estudos empreendidos na área, em especial na Pedra do Ingá. É também autor dos livros: “A Serra de Bodopitá: pesquisas arqueológicas na Paraíba” (2006); “A Pedra do Ingá: itacoatiaras na Paraíba”, em duas edições (2007/2008); “Arqueologia na Borborema” (2008); e co-organizador do livro “Pré-história: estudos para a arqueologia da Paraíba” (2007).


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Musical “CANÇÕES DA RESISTÊNCIA: O QUE A DITADURA NÃO CONSEGUIU CALAR”, se apresenta no segundo dia da Flibo


Executado pela professora de Língua Portuguesa da Escola Estadual Jornalista José Leal Ramos, da cidade de São João do Cariri (Paraíba), Patrícia Farias, com as turmas do Ensino Médio, tendo como colaboradores os bolsistas do PIBID Diversidade Viviane Almeida, Jozilene Ferreira e Wilho Araújo. O musical tem como propósito realizar uma experiência de leitura com as canções da época da Ditadura Militar, a fim de entender como a música firmou-se como uma forma de resistência para extravasar a liberdade de expressão amordaçada pelo Regime, que estabelecia controle em vários segmentos da sociedade. 


Romance 'Romeu na Estrada' será lançado durante a quinta edição da Flibo




O lançamento será no dia 21/11 as 19h, na Tenda da Praça da ABES. Este é o segundo romance de Rinaldo de Fernandes, autor também de "Rita no Pomar" (2008), que foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e que caiu, em 2013, em vestibulares na Paraíba. Rinaldo é ainda conhecido como organizador de antologias de ensaios com ampla repercussão nacional, como as que preparou sobre Chico Buarque.

O romance "Romeu na Estrada"

Romeu, o protagonista, é um professor universitário de Música que mora em São Paulo. Um membro importante de sua família foi, nos anos 70, no Recife, um implacável torturador. Embora com esse fundo histórico, "Romeu na estrada" é, antes de tudo, uma dilacerante história de amor. Ou um livro sobre a paixão e suas penúrias. Ou ainda sobre a solidão e seus desassossegos. E lança as questões: Toda traição é igual? Há um tipo de traição pior do que a traição amorosa? 

O posfácio de Luciano Rosa, doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, ajuda a iluminar elementos importantes deste romance que, desenvolvendo-se a partir de dois núcleos principais, tem uma forma fragmentada. Uma forma fragmentada e muito original: a atraente mas sofrida história de Ângela, paixão da juventude de Romeu, alternando-se, a partir de certo momento, com a de Sofia, amor da maturidade do protagonista, configura uma “narrativa em abismo” (“mise en abyme”), ou seja, uma segunda história posta numa primeira; a história de Ângela espelha, em certos aspectos aos quais o leitor deve ficar atento para melhor capturá-los, os sentidos da história de Sofia, numa articulação sutil e magistral do romancista. 

Enfim, um romance denso, muito inteligente, incisivo, poético, e que comunica bem – qualquer leitor compreende, em seus pontos principais, o drama pelo qual Romeu passa.

Assessoria

Rinaldo de Fernandes fala sobre Chico Buarque no contexto da ditadura militar, durante palestra na 5ª Flibo



Presença confirmada na 5ª edição da Flibo, o escritor Rinaldo de Fernandes falará sobre as canções de Chico Buarque no contexto da Ditadura Militar e ainda fará o lançamento do seu novo Romance "Romeu na Estrada".


"Chico, logo no início de sua carreira, foi tido como a "única unanimidade nacional" (conforme frase famosa de Millôr Fernandes). Neste momento a imagem que fica dele é a do "bom moço", o menino que toda família queria ter. Mas logo em seguida, já em 1968, essa imagem é rompida ao ser representada a peça Roda viva , dirigida por José Celso Martinez Corrêa. Depois, nos anos 70, ele se torna um emblema de resistência à ditadura. E passa a ser o artista mais perseguido pela censura do governo militar. Portanto, duas imagens fortes ficam dele - a do moço (quase) ingênuo, sereno, terno, que agrada sobretudo ao público feminino; e o artista participante, preso até a medula ao seu tempo, que se identifica com as minorias e denuncia a ditadura. Aqui ele agrada sobretudo à esquerda - mas vai muito além dela ao se tornar, por assim dizer, um centro, uma referência ética. Enfim, um artista de duplo engajamento - com a palavra e com a sociedade. A palavra de Chico é muito bem elaborada, como pouquíssimos na MPB e, mesmo, na nossa ficção. E sua visão de sociedade - sempre ao lado dos mais fracos, dos dominados e/ou oprimidos - é profunda, penetrante". 

Rinaldo de Fernandes é doutor em Letras pela Unicamp e professor da UFPB. Organizador dos livros Chico Buarque do Brasil (2004) e Chico Buarque: o poeta das mulheres, dos desvalidos e dos perseguidos (2013). Autor do romance Rita no pomar (2008), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ganhadora do Prêmio Sesc de Literatura, Débora Ferraz, é presença confirmada na 5ª Flibo.


Foto original: Bruno Vinelli
A escritora e jornalista Débora Ferraz, pernambucana radicada na Paraíba desde 2001, foi a grande vencedora da 10ª edição da disputa, com o romance "Enquanto Deus não está olhando". O livro foi publicado pela Editora Record.

No romance, Débora, que nasceu em Serra Talhada, conta a história de uma artista plástica iniciante que, diante do desaparecimento do pai, tenta entender sua relação com ele. A trama começou a ser escrita em 2008 e, no ano seguinte, o pai da própria autora faleceu. A obra só foi retomada em 2011, com um trabalho meticuloso de entrevistas com artistas plásticos, por exemplo. “Eu parti da reflexão sobre o instante modificador. Aquele milésimo de segundo em que parece que, a partir dali, tudo se transformou; o segundo que dá a impressão que alguma coisa foi perdida”, ela conta na entrevista para o site do Sesc.

Durante a Flibo, Débora apresenta o seu romance e ainda vai interagir com o Jornalista Tiago Germano, num bate-papo sobre "O nordeste urbano e a literatura contemporânea", na sexta-feira, dia 21/11 as 20h, na Tenda da Praça da ABES. 

Fonte:  JC Online

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Flibo Criança





A Flibo Criança é o espaço de diversão da garotada durante a Feira Literária de Boqueirão.
Com muita contação de história, oficinas, "pés de livros", "poesia ao pé do ouvido", apresentações das escolas (Minha Escola na Flibo), além de bate-papo com autores, tudo isso na Praça da ABES (Centro Turístico). 

A Flibo Criança acontece das 9h as 17h!
Venha, participe, traga seu filho. Estamos esperando por vocês!

Este ano, os mini-cursos da Flibo serão ministrados por professores da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) e UEPB (Universidade Estadual da Paraíba)


Uma parceria quem vem dando certo desde a primeira edição da Feira Literária de Boqueirão, entre a ABES (Associação Boqueirãoense de Escritores) e as universidades (UFCG e UEPB), no intuito de trazer cursos de extensão das instituições superiores de ensino para a comunidade.
Os mini-cursos são gratuitos e destinam-se a professores, alunos, acadêmicos e a comunidade em geral, atendem cerca de 30 pessoas por curso e tem duração de 3h com emissão de certificado aos participantes.
Sob a coordenação do Professor Doutor em Literatura Infanto-Juvenil, Hélder Pinheiro (UFCG) e a Professora Doutora em Língua e Literatura, Cléa Gurjão Carneiro (UEPB), a Flibo ofertará aos participantes, 9 (nove) mini-cursos, sendo quatro no dia 20/11 e cinco no dia 21/11, das 9h as 12h.

As inscrições para mini-cursos e oficinas começam no dia 01/11 na sede da ABES e pelo Blog.


Livro "Quarenta dias" de Maria Valéria Rezende, homenageada da 5ª Flibo, é indicado para o Vestibular 2015 da Facisa



O mais recente romance de Maria Valéria Rezende, publicado pela Alfaguara, "Quarenta dias" foi indicado para o vestibular 2015.1 da FCM/Facisa. A prova acontece nos dias 07 e 08 de dezembro na cidade de Campina Grande. As outras obras indicadas são "Já podeis da Pátria Filhos, de João Ubaldo Ribeiro" e "A teoria das janelas quebradas, de Dráuzio Varella".
A autora estará participando da abertura da 5ª edição da Feira Literária de Boqueirão, onde também será a homenageada, no dia 20 de novembro a partir das 19h.


Quarenta Dias - Maria Valéria Rezende


“Quarenta dias no deserto, quarenta anos.” É o que diz (ou escreve) Alice, a narradora de Quarenta dias, romance magistral de Maria Valéria Rezende, ao anotar num caderno escolar pautado, com a imagem da boneca Barbie na capa, seu mergulho gradual em dias de desespero, perdida numa periferia empobrecida que ela não conhece, à procura de um rapaz que ela não sabe ao certo se existe. Alice é uma professora aposentada, que mantinha uma vida pacata em João Pessoa até ser obrigada pela filha a deixar tudo para trás e se mudar a Porto Alegre. Mas uma reviravolta familiar a deixa abandonada à própria sorte, numa cidade que lhe é estranha, e impossibilitada de voltar ao antigo lar. Ao saber que Cícero Araújo, filho de uma conhecida da Paraíba, desapareceu em algum lugar dali, ela se lança numa busca frenética, que a levará às raias da insanidade. “Eu não contava mais horas nem dias”, escreve Alice em Quarenta dias, um relato emocional e profundo. “Guiavam-me o amanhecer e o entardecer, a chuva, o frio, o sol, a fome que se resolvia com qualquer coisa, não mais de dez reais por dia (...) Onde andaria o filho de Socorro?, a que bando estranho se havia juntado, em que praça ficara esquecido?”


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Maria Valéria Rezende, homenageada da 5ª Flibo

foto: Roberto Menezes

Quando menina em Santos, Maria Valéria Rezende assistia, da sala da avó Georgina Aranha de Rezende, a movimentação cultural da cidade. Pagu era figurinha fácil na casa da sobrinha de Vicente de Carvalho. Eram os anos 1940, 1950. Passa um tempo e chega a hora da garota fazer parte desse agito e lá está ela carregando fios nos bastidores da polêmica peça Barrela, de Plínio Marcos, ou no coro do Madrigal Ars Viva durante a primeira apresentação de Beba Coca-Cola, feita por Gilberto Mendes a partir do poema de Décio Pignatari.

Fazia isso tudo enquanto participava da Juventude Estudantil Católica. E por fazer parte da liderança religiosa, ganhou o mundo cedo, na época de entrar na faculdade – depois se formaria em pedagogia pela PUC, língua e literatura francesa pela Universidade de Nancy e faria mestrado em sociologia.

Viu Che Guevara. Bateu longos papos com Fidel Castro. Tomou café da manhã com Gabriel García Márquez. Escondeu alguns militantes durante a ditadura, arrumou emprego para outros e passaporte falso para os que corriam mais risco. Foi interrogada, exilada. Na volta, com uma mochila nas costas e transitando por lugares remotos do País, ensinou camponeses, sindicalistas e presos a ler e escrever.

Rodou o globo três vezes até sentar pouso em João Pessoa, onde vive hoje e onde escreve seus livros – sempre a partir do muito que viu e viveu, e por isso o contexto é importante.

A escritora e freira Maria Valéria Rezende lança Quarenta Dias (Alfaguara), romance que acompanha o drama de uma mulher de cerca de 60 anos que se vê obrigada a abrir mão de sua vida para ajudar a filha, que mora do outro lado do país, a ser mãe. 

Confira alguns trechos da obra.


Que venha mais uma Flibo!


foto: Malcy Negreiros, 2012

Este ano, na quinta edição, a FLIBO se consolida como pioneira em toda a Paraíba e traz como tema: “Traçando caminhos para uma sociedade leitora”, ressaltando o compromisso da ABES e seus parceiros em promover as políticas públicas de incentivo a leitura e de tornar a nossa sociedade, numa sociedade leitora. Desta forma, a Flibo se apresenta não apenas como um evento literário, mas também como política pública permanente de incentivo a leitura e de promoção de conhecimento.

Na programação, contação de estória, música, teatro, saraus, oficinas, mini-cursos, bate-papo com autores, lançamentos literários e muita, muita poesia, vão proporcionar alegria e serão o alimento para a alma. No primeiro dia, a cidade vai recepcionar os visitantes e autores vindos de várias partes do país, com a MARCHA PELA LITERATURA, percorrendo as principais ruas da cidade até a Praça da ABES. 

O Evento tem duração de três dias com diversas atividades para todos os públicos. A "Minha Escola na Flibo" traz as escolas para a Praça da Poesia com a apresentação de diversos trabalhos elaborados por professores e alunos durante todo o ano. A noite, para encerrar a programação, Recital de Poesia e Música.

Ao povo de Boqueirão que junto com a ABES realiza essa festa literária, aos nossos patrocinadores e, aos nossos colaboradores, nosso agradecimento permanente por tornar esse evento possível a cada ano e também por nos ajudar a escrever um pouco da nossa história.

Mirtes Waleska Sulpino
Coordenadora da Flibo
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